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Inspirado em Bill Gates empreendedor criou marketplace milionário que não para de crescer

 

Empreendedor Baiano, nascido em Salvador, Fabrício Bloisi lá em 1995, admirava com brilho nos olhos o feito de seu empreendedor modelo, Bill Gates: a criação de uma empresa global de 1 bilhão de dólares. Ao mesmo tempo, ver  helicópteros no céu alimentava o sonho de Fabrício de pilotar algum dia. Entusiasta da tecnologia desde criança, aos 8 anos entrou no primeiro curso de programação e aos 13 criou seu primeiro negócio: vendia softwares para empresas. Com 16 anos, Fabrício já listava no papel todas as coisas que ele queria alcançar nos próximos 20 anos de sua vida, e aos 18 seu plano infalível era fundar sua empresa de 1 bilhão de dólares, com a qual poderia realizar seu sonho de comprar seu próprio helicóptero.

Fabrício permitiu-se construir planos grandes na sua vida, e hoje, aos 41 anos, mantém a mesma mentalidade. Sua meta é fazer sua empresa, a Movile, conquistar 1 bilhão de clientes até 2020.

Sua jornada começou quando escolheu cursar Ciências da Computação na Unicamp, em 1995. Participou da empresa júnior do seu curso (Conpec) durante os 4 anos de faculdade. O grande propósito foi absorver todo conhecimento possível sobre administração de empresas, mobilização de pessoas, como vender e desenvolver produto, como se relacionar com clientes, recursos Humanos, etc.

“Eu abri a empresa com o sonho de criar uma das maiores empresas do mundo de tecnologia. Nossa visão é ser a maior empresa do mundo de mobile.

Ao final da graduação, Fabrício deu início ao seu plano de criar uma grande empresa de tecnologia. Cultivando sua inspiração por Bill Gates, uniu-se ao colega Fábio Póvoa (que deixou a Movile em 2009), e fundaram a empresa Compera, focada em internet móvel, em 1998. O início foi dentro de uma salinha de 2mx2m emprestada pela prefeitura de Campinas. Ambos estavam com 21 anos e contavam com exatamente zero de recursos. Até então, o empreendedor contava com a ajuda do pai no aluguel da casa e no almoço do bandejão.

Desde o começo a ambição era criar uma grande empresa global no Brasil. A Startup obteve um rápido crescimento. Foram a primeira empresa a fornecer esse tipo de serviço na América Latina, sendo responsáveis pelo primeiro chat por sms. Pioneiros na venda de ringtones,  a empresa cresceu vendendo serviços para as operadoras de celular. Mas os primeiros passos não foram flores, já que, apesar do crescimento ter sido midiático, a startup caminhava a passos pequenos.

 

“As pessoas me perguntam: como você teve a ideia? E eu falo: olha, a verdade é que eu tive 150 ideias, e 130 falharam miseravelmente. Foram 5 ou 8 que deram certo.”

 

A pergunta que o empreendedor se fazia era: porque empresas no Brasil não crescem muito e empresas no Silicon Valley crescem? As respostas Fabrício desenvolveu durante 3 anos no mestrado profissional em administração na Fundação Getúlio Vargas. Ele elaborou modelos de como operar melhor no Brasil, e se tornou claro na época que a Startup precisaria se unir a outras Startups para garantir  sua chance de virar líder no Brasil.

O primeiro momento de crescimento da empresa foi a chegada do primeiro investidor, a Rio Bravo Investimentos, em 2000. Na época, Fabrício também precisou reestruturar sua empresa, contando com o trabalho da consultoria Falconi, e inevitavelmente fez muitas demissões. Buscar a melhoria da gestão não foi fácil, mas fez com que o negócio ganhasse fôlego para continuar crescendo entre 2000 e 2007.

A Compera se uniu a startup de serviços de telefonia celular nTime em 2007, passando a existir como Compera nTime, com um valor de mercado de R$ 20 milhões. No ano seguinte, o conglomerado sul-africano Naspers comprou 40% da Compera nTime e se tornou acionista. Nos dois anos seguintes Fabrício comprou as empresas Yavox, Cyclelogic e a Movile – agência de marketing móvel, somando pelo menos 55 milhões de reais em aquisições.

Rebatizada com o nome Movile, a startup cresceu 100 vezes de faturamento entre 2008 e 2015, com 12 aquisições nesse período. Mesmo com a popularização do smartphone, Fabrício conseguiu estabelecer a Movile no setor buscando imersão no Vale do Silício e inspirando-se nos trabalhos do Falconi na Ambev. A consolidação resultou em uma empresa líder, com 40% do setor, e conta com investimentos do fundo brasileiro Innova Capital, do empresário Jorge Paulo Lemman. Desde 2000, a Movile já captou quase 200 milhões de dólares com vários investidores.  

Com um faturamento de R$ 800 milhões, Fabrício consolidou sua empresa como a maior companhia de marketplace da América, com 60% de crescimento médio nos últimos oito anos. São 100 milhões de clientes todos os meses, 15 escritórios presentes em 8 países (Argentina, França, Estados Unidos, Brasil, Colômbia, México e Peru), atuando em 100 países e 1.600 funcionários. São mais de 50 milhões de pessoas por mês usam um produto da Movile. O maior e mais conhecido aplicativo da empresa hoje é o Ifood, que está ao lado de outros grandes como PlayKids (Tiago Luz, diretor de negócios da empresa, conta que eles erraram 39 vezes antes de acertarem o app), MapLink, Apontador, Rapiddo, Truckpad, Cinepapaya e Sympla.

Em 2018, A Movile realizou um investimento na fintech Zoop, de US$ 18,3 milhões. Já a mais nova empreitada é uma empresa de  conteúdo e mensagem, a Wavy. Fabrício, por sua vez, durante todo esse caminho aprendeu a pilotar dois modelos de helicópteros e já está inscrito para fazer turismo espacial, pois agora seu novo sonho pessoal é conhecer a Estação Espacial Internacional até 2023.

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