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Pioneiro no mercado de milhas, jovem deu asas a oportunidade

 

O sonho do empreendedor mineiro Max Oliveira era construir uma carreira de sucesso dentro de uma grande multinacional. Com um destino traçado por ele mesmo, o empreendedorismo aconteceu na sua vida por acaso. Idealizador do site MaxMilhas, o empreendedor identificou a oportunidade de conectar milhares de pessoas dispostas a vender milhas e outras milhares interessadas em pagar preços mais baratos para viajar de avião. O resultado foi a criação de uma startup pioneira no segmento de venda de passagens aéreas emitidas por milhas e atualmente a maior do mundo no segmento.

Formado em Engenharia de Produção pela UFMG, em Belo Horizonte, Max estava construindo a passos firmes sua carreira em grandes multinacionais como Ambev e Vale. Na época, sua grande ambição era trabalhar bastante para chegar ao cargo de diretor. Costumava brincar durante a faculdade que o valor que contava para estar dentro de uma empresa era o valor do contracheque.

Todo empreendedor é muito inconformado. Se não fosse essa indignação, a MaxMilhas nunca teria nascido.

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Sua história com a MaxMilhas começou a partir de uma frustração ocorrida em 2012, que aliás, é um sentimento comum de muitas histórias de empreendedorismo. Na época, em função do trabalho, o empreendedor já havia morado em várias cidades do país, como São Paulo, São Luís, Belo Horizonte e, por último, a capital do Espírito Santo, Vitória. Morando longe da família e da namorada (hoje esposa), Max constantemente recorria a viagens nos fins de semana para matar a saudade, até um dia, ao tentar comprar uma passagem que custava pouco mais de R$ 100, precisou recomeçar a compra por conta de um problema com o cartão e para sua surpresa, a passagem estava custando mais de R$ 500. “Foi o que me fez pensar em como somos dependentes das companhias aéreas no Brasil.”

A ingrata surpresa fez com que ele desistisse da compra, e percebesse em seguida que a passagem por milhas não havia tido alteração. Tentou recorrer a amigos para que lhe vendessem suas milhas, obtendo assim sua segunda importante informação: As pessoas negligenciavam suas milhas, muitas vezes deixando-as vencer.

Foi a partir dessa experiência que ele imaginou a possibilidade de criar uma plataforma em que as pessoas que têm milhas estivessem dispostas a vender a quem precisava viajar. Um serviço que até então não estava sendo praticado no Brasil.

 

“Eu não pensava em abrir um negócio, por isso contava pra todo mundo.”

 

Sem guardar sua ideia para si, ele começou uma pesquisa informal entre pessoas próximas, tentando validar se a ideia era boa o suficiente e se realmente havia público para aquele tipo de negócio. Percebeu entre uma conversa e outra que realmente haviam pessoas dispostas a oferecer suas milhas e, na outra ponta pessoas dispostas a comprar.

Foi o retorno que ele precisava para decidir montar um projeto de negócio durante as férias do trabalho, afinal, para Max não passava de um Hobby. Dois amigos do empreendedor entraram na empreitada: Conrado Abreu, assessor em um fundo de investimentos, e Hiran César, da área de TI. O investimento total foi de R$ 28 mil, e seis meses de trabalho ininterrupto durante as noites e fins de semana no desenvolvimento do site. O site foi ao ar oficialmente em janeiro de 2013, sediada em Belo Horizonte/MG.

A proposta era vender passagens econômicas de avião emitidas pelas milhas de quem deseja vender. No primeiro mês a plataforma vendeu suas primeiras 7 passagens, e em julho, o número chegou a pouco mais de 200, já em agosto dobrou para 400. Do valor cobrado pela passagem, 22% fica com a empresa (7% são utilizados para pagar o custo de operação e os 15% restantes configuram o lucro). Aos 6 meses de funcionamento do site, com as vendas crescendo, Max decidiu pedir demissão da empresa em que trabalhava para se concentrar 100% a MaxMilhas. Algo que ele nunca se imaginou fazendo na vida.

Ao final do primeiro ano, a empresa vendeu 3,3 mil passagens e teve um faturamento de R$ 215 mil. Venceu o prêmio Info Start 2013 como Startup do Ano. Em 2014, foi apoiado pelo programa de aceleração da Startup Brasil (iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), e no mesmo ano conquistaram um faturamento de R$ 1,8 milhão. O sócio Hiran César vendeu sua parte no negócio, e no ano seguinte a empresa teve uma receita de R$ 6,8 milhões.

O crescimento da MaxMilhas foi orgânico, principalmente no marketing boca a boca. Hoje a plataforma conta com mais de 75 mil consumidores, em que 66% deles fazem mais de uma compra. Com poucos anos de nascimento, a MaxMilhas já emitiu mais de 400 mil passagens, intermediou a venda de mais de 4 bilhões de milhas aéreas, 1 bilhão só no primeiro trimestre de 2017. Atualmente conta com uma equipe de 160 colaboradores, com vendas de 10 mil passagens aéreas por mês.

 

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