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O caminho de um dos gigantes do empreendedorismo social

 

Tiago Dalvi, aos 33 anos e atualmente à frente da empresa Olist, despertou desde cedo para o empreendedorismo acreditando no impacto social e na mudança de vidas que poderia proporcionar. Entrou na faculdade aos 16 anos, cursando Administração de Empresas na Universidade Federal do Paraná.  

Já no seu primeiro ano decidiu complementar sua formação integrando a empresa júnior, formada e gerida por alunos de forma voluntária e orientada por professores. Lá cresceu durante 3 anos como consultor, diretor de marketing e presidente.

Essa época lhe rendeu muitos contatos, sendo um deles Rodrigo Brito, fundador da ONG Aliança Empreendedora, que promovia pontes entre artesãos e lojistas. Tiago, convidado a integrar a equipe da ONG, captou seu primeiro projeto 6 meses depois, quando conseguiu seu primeiro salário.

Sempre quis criar algo com impacto social. Mas sem fazer caridade nem filantropia. Só podemos impactar porque somos um negócio. O sucesso é indispensável

Se por um lado havia inúmeros artesãos com preço competitivo e design bacana, mas que não conseguiam vender seus produtos, do outro lado havia muita gente interessada, mas não tinha ninguém fazendo essa conexão. Tiago descobriu que havia 8,5 milhões de artesãos brasileiros produzindo no país, e 2 milhões deles vivendo abaixo da linha de pobreza. Foi 2+2 para o empreendedor idealizar sua primeira empresa, a Solidarium.

O negócio surgiu como uma loja em shopping em 2007 em uma primeira experiência que não deu certo. Sem uma marca conhecida pelo público, má localização e a falta de um plano de negócios, acabaram fechando em menos de um ano.  Passou então a testar variados modelos de negócios: Frente comercial com representante, vendas por catálogo, criação de um blog sobre artesanato, vendas por site, participação em feirinhas dentro e fora de multinacionais, etc. Nada deu certo.

 

“O meu maior erro foi não ter entendido bem o mercado antes de começar.”

 

Apostando alto, foi atrás de grandes redes varejistas, começando pelo Walmart. Conseguiu aprovar 32 produtos junto ao gigante e em pouco tempo estavam fornecendo para 56 lojas, atraindo outros clientes como Tok&Stok, Renner e Mundo Verde.

A Solidarium tornou-se online em 2012, conquistando a reputação de mais bem sucedido marketplace de artesanato do país, oferecendo 50 mil itens diferentes com cerca de 12 mil artesãos e lojistas cadastrados. Em 2014, Tiago e sua equipe de 12 pessoas passaram quatro meses no Vale do Silício junto a aceleradora 500 Startups, uma das aceleradoras mais importantes do planeta. Imergindo em mentorias, buscaram ampliar o foco de atuação do negócio, transformando posteriormente a Solidarium em Olist em 23 de Fevereiro de 2015.

A nova plataforma conecta em torno de 2,1 mil micro e pequenos empreendedores direto aos varejistas, expondo seus produtos nos grandes e-commerces parceiros (Mercado Livre, Walmart, Lojas Americanas, Shoptime, Submarino Casas Bahia, Extra e Ponto Frio). A Olist tem entre 51 e 200 colaboradores atuando em Curitiba. Além de já ter sido classificada como uma das 15 melhores empresas de pequeno e médio porte para trabalhar no Brasil.

Sem mencionar valores, em 2016 o fundo Redpoint eventures, que tem como um dos sócios o fundador do Buscapé, Romero Rodrigues, liderou uma rodada de investimento que comprou 20% de participação na startup. Já o empreendedor Tiago Dalvi carrega prêmios como o Sou Empreendedor de 2014 da revista Exame PME; ProXXIma Startup da revista ProXXIma em 2013; Empreendedor Social de 2011 da revista PEGN e Changemakers, da Ashoka, em 2011. 

 

Fonte
O GloboTEDx TalksPequenas Empresas Grandes NegóciosPodcast Like a BossEndeavorCanal OlistGazeta do PovoPortal SegsPitch Olist - 500 Startups Demo DayVejaPortal Artesanato Passo a PassoEcommerce BrasilEcommerce News
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